quinta-feira, 15 de maio de 2008

TALISMÃS ou AMULETOS



talismã

do Ár. tilasm, "figura mágica" < Gr. télesma, rito religioso

http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx
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O objetivo deste material é a reunião de textos encontrados nas obras da base da Doutrina Espírita, incluindo a Revista Espírita, abordando "talismãs" ou "amuletos".

Poderá servir de referência e consulta para pesquisa por palavra-chave.

Examinando o conjunto dos "recortes" poderemos observar instruções como a valorização da importância do pensamento e do desenvolvimento moral, entre outros.

Boa leitura!
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O Livro dos Espíritos
Parte Segunda - Capítulo 9
Intervenção dos espíritos no mundo corporal
Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros


"(...)

553. Qual pode ser o efeito das fórmulas e práticas com que algumas pessoas pretendem dispor da cooperação dos Espíritos?

- É o efeito de torná-las ridículas se forem pessoas de boa-fé. Caso contrário, são patifes que merecem castigo. Todas as fórmulas são enganosas;

não há nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico, nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos,

porque eles são atraídos somente pelo pensamento e não pelas coisas materiais.

553.a. Alguns Espíritos não têm, às vezes, ditado fórmulas cabalísticas?

- Sim, há Espíritos que indicam sinais, palavras esquisitas ou prescrevem alguns atos com a ajuda dos quais fazeis o que chamais de tramas secretas; mas ficais bem certos: são Espíritos que zombam e abusam de vossa credulidade.

554. Aquele que, errado ou certo, tem confiança no que chama virtude de um talismã, não pode por essa própria confiança atrair um Espírito, já que é o pensamento que age? O talismã não será apenas um sinal que ajuda a dirigir o pensamento?

- É verdade; mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos; portanto, devemos crer que aquele que é tão simples para acreditar na virtude de um talismã não tenha um objetivo mais material do que moral. Além do mais, em todos os casos, isso indica uma inferioridade e fraqueza de idéias que o expõem aos Espíritos imperfeitos e zombeteiros.

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/le/le-2-09.html

(1857)
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Os Talismãs - Medalha cabalística
Revista Espírita, setembro de 1858


"(...)

Os Espíritos são atraídos ou repelidos pelo pensamento, e não por objetos materiais que não têm nenhum poder sobre eles.

Os Espíritos superiores, em todos os tempos, condenaram o emprego de sinais e de formas cabalísticas,

e todo Espírito que lhes atribui uma virtude qualquer, ou que pretenda dar talismãs que aparentem a magia, revela, com isso, sua inferioridade, esteja agindo de boa fé ou por ignorância, em conseqüência de antigos preconceitos terrestres dos quais estejam imbuídos, seja porque queira conscientemente divertir-se com a credulidade, como Espírito zombeteiro.

Os sinais cabalísticos, quando não são pura fantasia, são símbolos que lembram as crenças supersticiosas quanto à virtude de certas coisas, como os números, os planetas, e sua concordância com os metais, crenças nascidas nos tempos da ignorância, e que repousam sobre erros manifestos, dos quais a ciência fez justiça mostrando o que eram os pretensos sete planetas, sete metais, etc.

A forma mística e ininteligível desses emblemas tinha por objetivo impor ao vulgo ver o maravilhoso naquilo que não compreendia.

Quem estudou a natureza dos Espíritos, não pode admitir racionalmente, sobre eles, a influência de formas convencionais, nem de substâncias misturadas em certas proporções; isso seria renovar as práticas da caldeira dos feiticeiros, de gato preto, de galinha preta e outros feitiços.

(...)

Um Espírito pode dizer "Traçai tal sinal, e a esse sinal reconhecerei que chamais e virei"; mas nesse caso o sinal traçado não é senão a expressão do pensamento; é uma evocação traduzida de um modo material;

ora, os Espíritos, qualquer que seja sua natureza, não têm necessidade de semelhantes meios para se comunicarem;

os Espíritos superiores não os empregam nunca;

os Espíritos inferiores podem fazê-lo tendo em vista fascinar a imaginação de pessoas crédulas, que querem ter sob sua dependência.

Regra geral: todo Espírito que liga mais importância à forma do que ao fundo é inferior, e não merece nenhuma confiança, ainda mesmo se, de tempo em tempo, disser algumas coisas boas; porque essas boas coisas podem ser um meio de sedução.

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/1858/09f-os-talismas.html

(1858)
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O Livro dos Médiuns
CAPÍTULO XXV
Das Evocações
Questões sobre as evocações


"(...)

17ª Certos objetos, como medalhas e talismãs, têm a propriedade de atrair ou repelir os Espíritos conforme pretendem alguns?

"Esta pergunta era escusada [dispensável, supérflua], porquanto bem sabes que a matéria nenhuma ação exerce sobre os Espíritos.

Fica bem certo de que nunca um bom Espírito aconselhará semelhantes absurdidades.

A virtude dos talismãs, de qualquer natureza que sejam, jamais existiu, senão, na imaginação das pessoas crédulas."

18ª Que se deve pensar dos Espíritos que marcam encontros em lugares lúgubres e a horas indevidas?

"Esses Espíritos se divertem à custa dos que lhes dão ouvidos.

E sempre inútil e não raro perigoso ceder a tais sugestões:

inútil, porque nada absolutamente se ganha em ser mistificado;

perigoso, não pelo mal que possam fazer os Espíritos, mas pela influência que isso pode ter sobre cérebros fracos."

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/lm/lm-29.html

(1861)

* escusado (adjetivo),
- que se pode escusar;
- dispensável;
- supérfluo.

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Revista Espírita, dezembro de 1862

"(...)

Certas pessoas preferem, sem dúvida, uma receita mais fácil para afastar os maus Espíritos: algumas palavras a dizer ou alguns sinais afazer, por exemplo, o que seria mais cômodo do que se corrigir de seus defeitos.

Com isso não estamos descontentes, mas não conhecemos nenhum outro procedimento mais eficaz para vencer um inimigo do que ser mais forte do que ele.

Quando se está doente, é preciso se resignar a tomar um remédio, por amargo que ele seja; mas também, quando se teve a coragem de beber, como se sente bem, e quanto se é forte!

É preciso, pois, se persuadir de que não há, para alcançar esse objetivo,

nem palavras sacramentais,

nem fórmulas,

nem talismãs,

nem quaisquer sinais materiais.

Os maus Espíritos disso se riem e se alegram freqüentemente em indicarem que sempre têm o cuidado de se dizer infalíveis, para melhor captar a confiança daqueles que querem enganar, porque então estes confiantes na virtude do procedimento, se entregam sem medo.

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/1862/12a-estudo-sobre.html

(1862)
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Causas da obsessão e meios de combate - II
Revista Espírita, janeiro de 1863


"(...)

A presunção de julgar-se invulnerável pelos maus Espíritos muitas vezes tem sido punida de modo crudelíssimo, porque jamais são impunemente desafiados pelo orgulho. O orgulho é a parte que lhes dá mais fácil acesso, pois ninguém oferece menos resistência do que o orgulhoso, quando tomado pelo seu lado fraco.

Antes de nos dirigirmos aos Espíritos, convém, pois, encouraçarmos-nos contra o assalto dos maus, assim como se marchássemos em terreno onde tememos picadas de cobras.

Isto se consegue, inicialmente, pelo estudo prévio, que indica a rota e as precauções a tomar.

A seguir, a prece.

Mas é necessário bem nos compenetrarmos da verdade que

o único preservativo está em nós, na própria força, e nunca nas coisas exteriores.

Que nem há talismãs,

nem amuletos,

nem palavras sacramentais,

nem fórmulas sagradas ou profanas

que tenham a menor eficácia

se não tivermos em nós mesmos as qualidades necessárias.

Assim, essas qualidades é que devem ser adquiridas.

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/1863/63-01-causas-da-obsessao-2.html

(1863)
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O Céu e o Inferno
Capítulo X


"(...)

Nenhum objeto, medalha ou talismã tem a propriedade de atrair ou repelir Espíritos, pois a matéria ação alguma exerce sobre eles.

Nunca um bom Espírito aconselha tais absurdos.

A virtude dos talismãs só pode existir na imaginação de pessoas simplórias.

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/ci/ci-1-10.html

(1865)
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O Livro dos Espíritos
Parte Segunda - Capítulo 9
Intervenção dos espíritos no mundo corporal
Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros


"(...)

553. Qual pode ser o efeito das fórmulas e práticas com que algumas pessoas pretendem dispor da cooperação dos Espíritos?

- É o efeito de torná-las ridículas se forem pessoas de boa-fé. Caso contrário, são patifes que merecem castigo. Todas as fórmulas são enganosas;

não há nenhuma palavra sacramental,

nenhum sinal cabalístico,

nenhum talismã

que tenha qualquer ação sobre os Espíritos,

porque eles são atraídos somente pelo pensamento e não pelas coisas materiais.

553.a. Alguns Espíritos não têm, às vezes, ditado fórmulas cabalísticas?

- Sim, há Espíritos que indicam sinais, palavras esquisitas ou prescrevem alguns atos com a ajuda dos quais fazeis o que chamais de tramas secretas;

mas ficais bem certos: são Espíritos que zombam e abusam de vossa credulidade.

554. Aquele que, errado ou certo, tem confiança no que chama virtude de um talismã, não pode por essa própria confiança atrair um Espírito, já que é o pensamento que age? O talismã não será apenas um sinal que ajuda a dirigir o pensamento?

- É verdade; mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos; portanto, devemos crer que aquele que é tão simples para acreditar na virtude de um talismã não tenha um objetivo mais material do que moral.

Além do mais, em todos os casos, isso indica uma inferioridade e fraqueza de idéias que o expõem aos Espíritos imperfeitos e zombeteiros.

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/le/le-2-09.html

(1857)
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Causas da obsessão e meios de combate - V
Revista Espírita, maio de 1863


"(...)

Os maus Espíritos só se dirigem aqueles a quem sabem poder dominar e não aqueles a quem a superioridade moral - não dizemos intelectual - encouraça contra os ataques.

Aqui se apresenta uma objeção muito natural, que convém prevenir. Talvez perguntem por que todos os que fazem o mal não são atingidos pela possessão? A isto respondemos que, fazendo o mal, sofre de outra maneira a perniciosa influência dos maus Espíritos, cujos conselhos escutam, pelo que serão punidos com tanto mais severidade quanto mais agirem com conhecimento de causa.

Não creiais na virtude de nenhum talismã, nenhum amuleto, nenhum signo, nenhuma palavra para afastar os maus Espíritos.

A pureza de coração e de intenção, o amor de Deus e do próximo, eis o melhor talismã, porque lhes tira todo império sobre as nossas almas.

(...)"

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/re/1863/63-05-causas-da-obsessao-5.html

(1863)

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Um comentário:

Anônimo disse...

Gostaria de colocar o caso do "Espírito de Castelnaudary" de Céu e Inferno

2. Haveria um meio de o desalojar dessa casa? Qual seria esse meio? — R. Quando se quer desembaraçar obsessões de semelhantes Espíritos, o meio é fácil — orar por eles.
Contudo, é precisamente isso que se deixa de fazer muitas vezes, preferindo-se intimidá-los com exorcismos formulados que, aliás, muito os divertem.

3. Insinuando às pessoas interessadas essa idéia de orar por
ele, fazendo-o também nós, conseguiríamos desalojá-lo?
— R. Sim, mas reparai que eu disse para orar e não para mandar orar.